Muita gente só lê algum livro quando está em tempos de vestibular ou ENEM, deixando de lado o gosto pela leitura. A literatura abre novos caminhos que trilhamos rumo a um desconhecido cada vez mais atraente.
Segundo pesquisas, o brasileiro lê uma média de 2 a 4 livros por ano, mas completos, ou seja, do início ao fim somente 2 livros anualmente. Entre os que mais leem, são os jovens em fase escolar como crianças e adolescentes. Conforme envelhecem o hábito se torna menos recorrente.
A leitura nos dá uma dimensão diferente em relação ao mundo, nos leva a conhecer novos povos e lugares sem sair do lugar e ainda enriquece nosso vocabulário com novas palavras e jeitos de pensar.
Atualmente temos visto as livrarias com muitos livros de autores estrangeiros, porém é preciso que os autores brasileiros e portugueses, que fazem parte da construção do nosso falar, ler e saber, sejam valorizados.
Livros clássicos como Dom Casmurro, O Guarani, O Ateneu, Olhai os Lírios do Campo dentre tantos outros, devem ser incentivados por conterem nossa cultura em sua fase mais bruta e bonita.
Confira neste artigo os 4 livros clássicos da literatura brasileira que você não pode deixar de ler e conhecer um pouco mais sobre cada autor que fez e faz parte da construção crítica, cultural e educacional do nosso Brasil.
Dom Casmurro, de Machado de Assis
“Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que conheço de vista e de chapéu.”
Assim se inicia o livro Dom Casmurro, romance escrito e publicado em 1899 por Machado de Assis, e que se tornou um grande sucesso, sendo um dos livros mais aclamados do autor e considerado sua obra prima.
O livro conta a história de Bento Santiago, homem sisudo e que recebe o apelido de Dom Casmurro por ser sério e tem um porte elegante. O próprio Bento conta sua vida para o interlocutor e a trama gira em torno de sua desconfiança quanto a possível traição de sua esposa Capitu com o amigo Escobar, gerando um filho, Ezequiel que para Bento, era a cara do amigo.
Sem dúvida um livro envolvente e que mostra um Rio de Janeiro e Brasil de costumes antigos, mas conflitos muito atuais. Vale a pena a leitura também pelas pelo vocabulário rebuscado da época e a riqueza de detalhes que Machado de Assis dá ao livro.
O Cortiço, de Aluísio Azevedo
Outro livro escrito quase na mesma época de Dom Casmurro é o livro O Cortiço, de Aluísio Azevedo. Grande sucesso do autor, O Cortiço retrata o início das moradias coletivas no Rio de Janeiro, seus conflitos e também a ganância de pessoas como João Romão, um dos protagonistas da história.
O português João Romão quer se tornar um homem rico e para isso não vê problema em passar por cima de quem quer que seja para alcançar seus objetivos, traindo a confiança da escrava Bertoleza e casando-se com Zulmira, para se igualar socialmente com seu vizinho, o comendador Miranda.
Enquanto sua ascensão social se desenrola, a história de outras pessoas acontece ao mesmo tempo no cortiço, sendo um livro moderno, que trata de traições e paixões avassaladoras, dramas e brigas e até tabus sociais como a homossexualidade. Um livro antigo com tons atuais que todos devem conhecer.
Capitães de Areia, de Jorge Amado
O livro de Jorge Amado Capitães de Areia, é sem dúvida seu livro mais conhecido, assim como Dona Flor e Gabriela. No livro, Jorge Amado retrata a vida de meninos que vivem na capital baiana Salvador.
Crianças abandonadas a própria sorte e que se veem numa situação de extrema pobreza e desespero, sendo torturas e sofrendo abusos por parte da polícia.
O livro é um grito de socorro a população baiana, ao Brasil e o mundo, quanto a segurança das crianças e das situações precárias que muitas são obrigadas a viver, num tempo que não haviam direitos humanos ou da infância, fazendo com que os meninos retratados na história, só vissem a violência como única alternativa para sobrevivência.
Jorge Amado é considerado até hoje, um dos maiores autores brasileiros, reconhecido e respeitado dentro e fora do país, colecionando vários prêmios e tendo influenciado inúmeros autores nacionais que vieram depois dele.
Vidas Secas, de Graciliano Ramos
Vidas Secas é um daqueles livros que ficamos com um nó na garganta, mas não conseguimos parar de ler até o final. O livro trata da seca do sertão nordestino e o modo de sobrevivência que faz com que muitas famílias precisem sair de suas casas em busca de uma vida melhor.
Os personagens principais: Fabiano, Sinhá Vitória, menino mais novo e mais velho e a cachorra baleia, fazem parte de uma narrativa triste e sofrida, mostrando a situação dos retirantes nordestinos que em busca de trabalho, alimento e água de qualidade, se aventuram em um drama social que nem todos sobreviverão.
O livro foi publicado em 1938 e se tornou a obra mais conhecida de Graciliano, recebendo inúmeros prêmios e sendo indicado, inclusive, para Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1964, por conta do filme baseado no livro e adaptado para o cinema.
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