Além dos projetos de iniciativa privada que ajudam na inclusão digital, como o EducaRede, criada em 2002, temos também iniciativas públicas. As comunidades buscam cada vez mais alternativas para inserir a tecnologia no dia a dia das periferias para uma melhor qualidade de vida, que pode ser inserida de diversas formas, como em escolas, que auxilia no desenvolvimento escolar.
No Brasil, ainda temos uma boa parte da população carente sem acesso a internet, muitas vezes dificultando o aprendizado e o trabalho de muitos brasileiros que querem ter uma vida melhor, podendo usar a rede ao seu favor. Para muitas comunidades, estar desconectado ainda faz parte da sua realidade. Mesmo sendo uma ferramenta tão importante, a diferença cultural e física entre as pessoas, acaba gerando uma desigualdade social.
Um dos desafios da inclusão digital nas comunidades, são os valores cobrados pelas empresas de internet, que são valores muito maiores do que em outros países, onde a inclusão social está mais avançada do que no Brasil.
Em outros países a conexão de internet chega a 80% das casas, enquanto que no Brasil 71% das residências têm acesso.
O que é inclusão digital?
A inclusão digital é uma forma de conduzir a tecnologia e assim deixá-la cada vez mais acessível, para o maior número de pessoas, consequentemente a qualidade de vida da minoria dessas pessoas também irá melhorar, podendo assim pensar mais além, em outras perspectivas. Independente de classe social, religião, etnia ou poder econômico, a inclusão digital serve para assegurar que todas as pessoas tenham as ferramentas tecnológicas de informação e comunicação.
Para que aconteça a inserção digital, são necessários três quesitos essenciais: acesso à internet, computador e o domínio com as ferramentas da internet. O Governo disponibiliza programas para a inclusão digital, que pretende formar e fazer a alfabetização tecnológica, para que isso seja benéfico, na vida das pessoas, e que tal ferramenta quando bem usada, abre portas para estudos e mercado de trabalho.
Algumas formas de promover a inclusão digital
Nas escolas é uma boa forma para disseminar a tecnologia a favor da comunidade, onde crianças e adolescentes podem aprender usando a tecnologia ao seu favor, podendo aprender de várias formas, fazendo pesquisas, estudando, assim como pode ser usado para o lazer, com jogos educacionais, sempre sendo supervisionado por pais ou professores.
A inserção de aulas de informática é um grande passo para agregar conhecimento. Com a implantação de aulas de robótica e programação, os estudantes conseguem aumentar suas habilidades, o que é algo muito bom para o mercado de trabalho.
Outra forma de favorecer as pessoas com o mundo digital, é o fornecimento de rede via Wi-Fi, gratuitamente em praças para a população, isso se tornou realidade em algumas praças na cidade de São Paulo.
Com a internet chegando cada vez mais nas comunidades, as pessoas poderão também ter mais rentabilidade, podendo fazer disso um ferramenta de trabalho, para fazer diversas coisas, como fazer propagandas de algo que esteja vendendo, criar site de loja, para vendas, etc. O Governo Federal possui alguns programas de inclusão social, alguns deles são.
- ProInfo: o Programa Nacional de Tecnologia Educacional, visa levar o uso da tecnologia como ferramenta para agregar pedagogicamente, o ensino público, do ensino fundamental, médio e básico.
- Programa Governo Eletrônico: Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac), esse programa está direcionado para comunidades carentes em estado de vulnerabilidade social.
- Programa Cidades Digitais: este programa está focado na modernização da gestão, visando uma maior ampliação do acesso aos serviços públicos.
- Programa Wi-Fi Brasil (Gesac): esse programa é uma parceria entre o Ministério das Comunicações e Telebras, o mesmo é uma prioridade para as comunidades carentes, na qual sofrem com uma vulnerabilidade social, em todo o país, na qual não tem outra maneira de acessar o mundo da tecnologia.
Quais são as principais dificuldades em promover a inclusão digital?
Além do alto custo, cobrados pelas empresas de internet, citado acima, também é importante lembrar que a exclusão social acentua ainda mais a exclusão digital, que pode acarretar em dificuldades socioeconômicas.
No Brasil a implantação de sistemas digitais tem sofrido dificuldades para se efetivar, principalmente nos meios mais carentes.
As dificuldades cresceram um pouco mais com a chegada da pandemia da covid-19 no país, as escolas públicas e particulares adotaram a modalidade de ensino a distância (EAD), devido ao decreto de medidas de segurança, adotadas pelos governos estaduais e municipais. Inclusive, muitas plataformas de cursos online cresceram, como o nosso blog.
Com isso muitos alunos tiveram dificuldades em ter acesso ao conteúdo postado nas plataformas digitais, devido a falta de internet e computadores, isso afetou principalmente os alunos da rede pública, das comunidades mais carentes. Ainda de acordo com a pesquisa feita pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o Brasil tem em torno de 4,8 milhões de crianças e adolescentes, com idade entre 9 e 17 anos, sem acesso à internet em casa.
Com a criação de projetos sociais, para diminuir a exclusão digital, pode ser um dos caminhos para a consolidação do acesso para que as novas tecnologias alcancem todas as pessoas.