Segundo dados do IBGE, negros se tornaram maioria nas Universidades pública, representando 50,3% dos alunos. O abandono escolar que era de 30,8%, baixou para 28,8%, porém a desigualdade social ainda é grande comparado com jovens alunos brancos, que ainda representam 78% dos estudantes em universidades pelo país.
Já entre os LGBT, uma pesquisa feita em 7 países da América Latina e com adolescentes estudantes do ensino básico, revelou resultados alarmantes, principalmente entre os brasileiros. Segundo a pesquisa, 73% dos estudantes passam por bullying, 37% já passaram por ataques físicos e 60% sentem muita insegurança quando vão as aulas.
Outra pesquisa, agora para o público com deficiência, monstra que as matrículas de pessoas com deficiência em escolas públicas e particulares pelo país subiram 33,2%, com aumento em 92,1% de alunos com deficiência em salas de aula comuns. Apesar do número positivo, nem todas as escolas possuem dependência inclusiva, com acessibilidade de 26% nas públicas e 35% nas escolas particulares.
Mas, o que todos estes dados distintos possuem de relação? Todos falam de grupos minoritários, que sofrem com a falta de inclusão social nas escolas e estão lutando não para se tornarem uma notoriedade, mas uma realidade comum.
E para mudar essa realidade, o professor tem papel fundamental em aproximar estes grupos de mais oportunidades e auxiliá-los na conquista de mais espaço acadêmico e, também, no mercado de trabalho, tornando-o mais igualitário. Neste artigo, falaremos sobre o papel do professor na inclusão social e o que é necessário ao docente para fazer a diferença na vida de seus alunos pertencentes as minorias.
Respeito e posicionamento contra discriminação e preconceito
Durante décadas passadas, o ensino inclusivo de pessoas com deficiência era visto como um sistema paralelo e muitas crianças e jovens ficavam de fora, por não ter condições de frequentar escolas especiais e muito menos as comuns. Da mesma forma vimos os negros tendo que lutar, através de lutas e leis civis, pelo direito de estar nos colégios dos brancos, e receberem o mesmo tratamento acadêmico.
Já entre os LGBT a situação foi um pouco diferente, pois muitos escondiam quem realmente são, para não sofrerem represálias, e aqueles que se abriam, não eram impedidos de estudar, porém sofriam todo tipo de agressão, até que muitos desistiam e abandonavam a escola.
E no meio destas situações e avanços na educação, seja no Brasil ou no mundo, o professor estava dentro da sala de aula e diante de toda essa realidade, porém muitos se posicionavam contrários a algum dos grupos ou simplesmente se mantinham neutros, quando era necessário uma atuação mais precisa para combater tais discriminações e preconceitos.
O professor é uma das primeiras pessoas -fora da família- que as crianças tem contato e ele tem forte ação em persuasão e convencimento destas crianças. Ou seja, o professor tem um grau de influência imenso sobre seus alunos, e portanto, deve ser o primeiro a desconstruir o racismo, homofobias e preconceito com deficientes em sala de aula e principalmente fora dela.
Como foi destacado na introdução, muitos jovens não se sentem a vontade e nem seguros na escola, pois o ambiente é nocivo e até perigoso para muitos que se veem em um grupo minoritário. Ainda que tenha havido melhorias nesses índices, ainda estamos longe de uma realidade segura, natural e tranquila para todos os grupos interagirem e transitarem em paz pelos corredores acadêmicos.
Como deve ser a atuação do professor quando o assunto é inclusão
Escolas mais conservadoras tem mais dificuldade de proporcionar aos alunos uma abertura ao diálogo quando o assunto são preconceitos. Ainda assim, é possível haver pontos de equilíbrio e mudanças drásticas na forma como são conduzidas algumas situações e o professor é o ponto focal neste momento, para promover essas mudanças:
- Bate-papo sobre discriminação
O que é discriminação e o que é preconceito? O que é homofobia? E racismo, existe mesmo no Brasil? São assuntos que podem ser debatidos em sala de aula e abrir não só o diálogo entre os alunos, mas a chance do professor expor o significado de cada coisa, dados e fatos que comprovam cada problema e como é importante todos combatermos isso na sociedade, começando de cada aluno;
- Atividades em sala de aula que una grupos diferentes
Geralmente os trabalhos em grupo são feitos entre pessoas que tem o mesmo vínculo e afinidade, porém um professor que visa a desconstrução de preconceitos, deve analisar os grupos mais discriminados e formar grupos mais diversificados. Desta forma, os alunos serão obrigados a trabalharem juntos e ao se conhecerem melhor, desmitificar crenças e conceitos errados em relação ao outro;
- Reforço da empatia entre os alunos
A cada manifestação pública ou mesma velada de preconceito, deve ser combatida na hora pelo docente e reforçada a empatia, fazendo com que o agressor se coloque no lugar do outro e sinta seu constrangimento e dor, mudando sua forma de pensar e principalmente de agir.
Professor inclusivo melhora a igualdade na sociedade
O professor tem um grande poder em suas mãos de auxiliar, de forma acadêmica, na formação de indivíduos melhores e mais igualitários para o futuro. O docente deve buscar nos pais e responsáveis dos alunos o apoio e ser uma referência para o aluno, quando a família for a nascente do preconceito.
E para que este professor esteja preparado, é vital que esteja sempre se capacitando e aprendendo novos métodos de formar melhores alunos que não sejam apenas ótimos profissionais, mas cidadãos que respeitam seus semelhantes e ajudam, independente de cor da pele, de preferência sexual ou limitações físicas.
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Texto bem completo e informativo sobre a realidade e o que pode ser mudado quanto a inclusão social em nosso país, não é? Através do professor, é possível começar essa mudança e necessário que estes educadores estejam bem capacitados nesse sentido e o curso Educação Inclusiva online grátis pode ajudar muito a ser um profissional diferenciado nesse aspecto.
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