O Brasil é um país enorme e cheio de contrastes, e um deles começa pela própria língua. Em todas as regiões do país existe uma fala, uma forma única de se expressar, porém isso pode se tornar um grande problema, quando se equipara o que se fala com a forma como escrevemos.
A língua portuguesa não é nada fácil, aliás, é considerada uma das mais difíceis do mundo, por conta de sua complexa gramática, tempos verbais e as gírias que mesmo sendo informais, é diferente dependendo do local.
Com o novo acordo ortográfico que entrou em vigor 2016, muito do que aprendemos como certo foi modificado e para não cometermos essas falhas, veja neste artigo os erros de português mais comuns e como você pode dominar o novo acordo com facilidade.
Maldade ou "maudade"? Qual o certo?
Um dos erros mais comuns que vemos por aí, é a confusão entre mal e mau. Mal com L, é sempre oposto de bem, enquanto mau com U é oposto de bom. Então, mal com L será sempre para designar uma sensação, de estar bem ou mal de saúde, por exemplo. Já mau com U, significa o caráter de uma pessoa, que é má ou boa. Exemplos:
O criminoso é um mau elemento. Aquela mulher é uma boa pessoa.
Estou me sentindo mal hoje. Para viajar, tenho que me sentir bem.
Há anos ou A anos?
Outro erro bastante comum é o uso de Há ou A nas frases. Muitas pessoas se confundem na hora de usar um ou outro e essa dica te ajudará a não os cometer mais: Há indica passado e derivado do verbo haver. Já o A é direcionado sempre ao futuro e medidas de distância. Exemplos:
Há 10 anos atrás eu fui naquela cidade.
A cada dela fica a 50 km daqui.
Daqui a alguns meses, será o seu aniversário.
Tem no singular e têm no plural
Tem e têm são outro erro muito usual, principalmente por serem a mesma palavra, porém com acento circunflexo e que só por isso, já muda a posição em que deve aparecer. Tem e têm são as conjugações no presente do verbo ter, porém com uso em momentos diferentes.
Tem, sem circunflexo, é usado sempre que a frase estiver no singular, enquanto o tem com circunflexo é para frases no plural. Exemplos:
Tem hora que falta paciência.
Eles têm muitos motivos para agradecer.
Mim gostar? Será?
Eu gosto ou mim gosta? Além de soar melhor, eu gosto é o correto, já que mim é incorreto, pois ele não conjuga verbo. Se for usar uma frase que não tenha um verbo, como por exemplo, para mim, está certo, porém se depois do mim vier um verbo, o correto é trocar para eu. Exemplos:
Luiza comprou cartuchos de impressora para mim.
Luiza comprou cartuchos para eu colocar na impressora.
Crase: Quando usar e não errar
A crase é um dos erros ortográficos mais assustadores do português, pois é fácil se confundir, colocando crase onde não é e tirando de onde deveria ter. A Crase é a junção da preposição A e o artigo definido feminino A que em geral vai a frente dos pronomes. A seguir, algumas dicas de como utilizá-la:
Uso apenas com palavras femininas
Todas as palavras femininas que têm a como antecedente, devem usar crase. Exemplo: As meninas foram juntas à confraternização da escola.
Crase não deve ser usado antes de palavras masculinas, e para tirar a dúvida diante de uma frase, substitua uma palavra feminina por uma masculina e verá que deverá ser utilizado o pronome + artigo masculino definido ao. Exemplo: As pessoas foram ao encontro da escola.
Exceção do uso de crase em palavras masculinas
Existem sim uma exceção para usar crase com palavras masculinas. Quando for utilizado o termo "à moda de", a crase pode ser usada, como por exemplo: Cantava à moda de Michael Jackson ou ele jogou à moda Leonel Messi.
Antes de locuções adverbiais femininas que indicam lugar, modo ou ideia de tempo
Exemplo de uso de crase nesse tipo de frase: Ele saiu às pressas do prédio, pois estava muito atrasado.
Às vezes ela chega antes do horário para se adiantar.
Expressões com indicação de horas
Exemplo: O futebol beneficente será às 14 horas.
Agora, se as horas forem antecedidas por preposições como desde, até e para, não haverá crase, pois o artigo não recebe acento. Exemplo: Marcaram de sair para o cinema as 19 h.
Uso facultativo
E existe o uso de crase, também, de forma facultativa, como antes de substantivos próprios femininos e depois da palavra até, se este possuir uma palavra feminina que aceite um artigo. Exemplos:
Luiz fez um pedido à Márcia/Luiz fez um pedido a Márcia.
Todos foram até à rua Duque de Caxias/ Todos foram até a rua Duque de Caxias.
Uso de redundâncias
Redundâncias são palavras repetidas ou termos que já foram informados, porém voltam a ser mencionados na frase de outro modo. Exemplos de redundância:
Eu e Olavo repartimos a pizza em metades iguais. (toda metade é igual).
Encaramos de frente a complicada situação. (Toda situação que é encarada, só pode ser de frente).
O Brasil exporta para fora milhares de produtos anualmente. (toda exportação já determina ser algo exposto, enviado, por isso não precisa dizer que é para fora).
Ao amanhecer o dia, saí para caminhar. (entende-se que todo amanhecer será durante o dia).
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