O que é cultura do cancelamento e como afeta as pessoas?

Atualmente, quem não viu alguém passar pela cultura do cancelamento nas redes sociais? Personalidades como atores e atrizes, cantores e artistas em geral, assim como políticos e outras pessoas públicas, tem sofrido revezes de seus fãs e críticas de outras pessoas em variados segmentos, apenas por opiniões contraditórias ou negativas. 

E não são somente as opiniões contrárias, mas principalmente visões de mundo totalmente antiquadas que favorecem preconceitos e a discriminação contra outras pessoas e seu modo de viver e que não combinam ou, melhor, não fazem mais parte do atual mundo que vivemos e pretendemos viver no futuro. 

Para combater esses costumes antigos que geram conflitos, intolerância e pensamentos ultrapassados que promovem o desrespeito entre as pessoas, é que a cultura do cancelamento tem se tornado cada vez mais popular. Mas, afinal, o que é a cultura do cancelamento e como ela afeta as pessoas? Confira as respostas a essas questões nesse artigo.

O que é a Cultura do Cancelamento?

Costumes antigos nunca foram tão reprovados e descontruídos como nesses novos tempos da cultura do cancelamento. 

O conceito desse termo, se refere a um acontecimento histórico moderno e pode ser definido, quando uma pessoa ou grupo de pessoas são excluídas de um lugar de fala influente, devido a opiniões, intenções ou atitudes que possam ser contraditórias ou questionáveis, além de consideradas negativas e discriminatórias por uma grande parcela da população ou em um meio específico.

A cultura do cancelamento é um termo cunhado em 2017, iniciado nos Estados Unidos com o movimento MeToo, que fazia denúncias de abusos sexuais e assédio de homens famosos contra mulheres, não necessariamente conhecidas. 

O caso mais emblemático desse movimento, foram as acusações contra o ex-produtor de filmes Harvey Weinstein, que durante mais de 30 anos, assediou e abusou de mais de 80 mulheres, chantageando muitas delas que buscavam se tornar famosas, como as atrizes Mira Sorvino, Gwyneth Paltrow e Rose McGowan, sendo esta última, uma das líderes do movimento.

A partir daí, outros movimentos foram tomando força para levantar a voz e não aceitar mais qualquer tipo de silenciamento, como é o caso do movimento negro, depois do assassinato do afro-americano George Floyd, por violência policial e racismo em 2020. 

Ao longo da pandemia, entre 2020 e 2021, muitas personalidades e principalmente celebridades, foram canceladas por causa de sua forma reprovável e preconceituosa de pensar sobre racismo, desrespeito as mulheres e homofobia, com visões totalmente discriminatórias, machistas e homofóbicas, gerando, inclusive, a perda de contratos e apoios profissionais para muitos em início de carreira e colocando fim em trajetórias vitoriosas de inúmeros famosos, até então, respeitados no mercado.

Cultura do cancelamento e as redes sociais

Um dos lugares que mais vemos a cultura do cancelamento em atividade, são as redes sociais. 

Para termos uma ideia da dimensão que o termo cultura do cancelamento possui, é só ver os números: entre 2019 e 2020, a palavra teve mais de 20 mil citações e só em 2021, foram mais de 60 mil, um aumento de mais de 200%.

Nos Estados Unidos, onde o termo foi iniciado, já existe abaixo-assinados de famosos contra o cancelamento e em prol de um debate aberto, para garantir mais empatia e respeito quanto as opiniões divergentes, porém, ainda existe uma resistência muito grande dos movimentos minoritários para um diálogo, já que grande parte das pessoas que fazem parte do documento, foram canceladas por atitudes e visões preconceituosas e hipócritas. 

Durante toda pandemia, inclusive, atos de hipocrisia, como influenciadores que falavam contra aglomerações, mas eram filmados em festas clandestinas, agitaram as redes, mostrando que para ganhar fama positiva a pessoa precisa se esforçar muito, mas para ela ser negativa, precisa de pouco.  

Mas até que ponto a cultura do cancelamento gera problemas reais aos cancelados virtuais? É possível ser "descancelado"? Ela veio para ficar? Confira no próximo tópico. 

A Cultura do cancelamento veio para ficar?

A cultura do cancelamento irá se moldar e transformar-se ao longo do tempo, para se adaptar cada vez mais a sociedade do momento. Uma certeza, é que discriminações e desrespeito não serão mais tolerados, nem mesmo com a desculpa de piadas de mau gosto.

Muitas personalidades brasileiras e fora do país, acabaram tendo suas vidas expostas e perderam crédito no mercado, sendo que alguns foram até ameaçados por causa de suas posições, inclusive políticas, um dos maiores motivos de conflitos nas redes sociais. 

É possível, porém, refazer-se de uma situação de cancelamento social, mas é preciso analisar quais os motivos que levaram a isso, pois casos de extremo desrespeito, assim como discriminação ou falas agressivas e que evidenciam um mau caráter, pode acabar de vez com qualquer carreira. 

Mas, sim, a cultura do cancelamento veio para ficar e deveremos aprender a lidar com cada situação que for colocada, buscando o diálogo e sendo empáticos com aqueles que merecem uma segunda chance, porém, sem prejudicar pessoas para que haja oportunidade de correção, já que todos podem errar e todos, sem exceção, merecem respeito. 

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Você conhecia a história da cultura do cancelamento e seu estrago ou recuperação moral de nossa sociedade? 

Pois é, é importante que haja intolerância aos excessos, mas é fundamental que haja respeito e diálogo para que todos possamos expressar nossas posições, inclusive, ideológicas, sem qualquer tipo de reserva. 

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