No Brasil, são mais de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, 6,2% da população do país. Com um número grande de pessoas com algum tipo de limitação, é preciso que hajam políticas que visem ajuda-las a se incluírem na sociedade de forma natural.
Hoje muitas empresas estão contratando pessoas com deficiência, além delas mostrarem cada vez mais seu talento e se tornarem dia após dia mais independentes, porém, ainda é preciso se fazer muito mais.
Neste artigo, falaremos de dicas de como podemos incluir pessoas com deficiência na sociedade, com pequenas atitudes em prol de sua autonomia.
Contratação em empresas
Desde 1991 a lei da contratação de deficientes em empresas está em vigor, e estabelece que qualquer pessoa com deficiência, desde que esta não prejudique o tipo de trabalho que irá exercer, possa ter um emprego de carteira assinada, assim como emprego como servidor público.
Durante décadas, os deficientes eram vistos como pessoas com limitações tais, que não era possível que conseguissem manter um emprego ou uma vida financeira, sendo inclusive, provedores de uma família.
Mas após pesquisas e estudos pelo mundo e no Brasil, determinou-se que é possível que qualquer pessoa com o mínimo de deficiência, tenha os mesmos direitos ao trabalho e renda que uma pessoa sem as mesmas limitações, e isso é um avanço social.
Garantindo acessibilidade
Em locais públicos, é obrigatório que haja rampas de acesso a pessoas com cadeiras de rodas, além de dificuldades de locomoção como uso de muletas ou bengala. Outras formas de acessibilidade, são banheiros adaptados com assento especial, além de barras de segurança e espaço suficiente para uso de cadeiras de rodas.
Em empresas, a acessibilidade tem se tornado uma obrigação, já que muitas pessoas com limitações físicas e mentais de menor grau, trabalham e dependem de condições de qualidade em seu trabalho diário.
Outras ações de inclusão e que ainda não são tão fomentadas no país, pois requer investimentos mais elaborados, são transporte coletivo com portas mais largas e elevador para cadeiras de rodas, escadas mais baixas, além de letras em braile em praticamente todo tipo de anúncio público, assim como acontece com a libras, linguagem de sinais para pessoas com deficiência auditiva, que tem se difundido amplamente na cultura e meios de comunicação.
Comunicação de qualidade
Se comunicar com pessoas com deficiência, nem sempre é uma tarefa fácil, mas existem algumas dicas que ajudam bastante a manter uma comunicação fluida e sem ruídos:
Com cadeirantes, procure conversar na mesma altura, por isso sente em uma cadeira para garantir um bate papo mais agradável e que demonstre respeito;
Com pessoas com dificuldade na fala, fale com elas olhando nos olhos e transmitindo atenção. Também, se caso não compreender algo que ela disser, peça que repita e não faça de conta que entendeu, pois, isso pode deixa-la chateada;
Faça perguntas simples que possam ser respondidas com sim ou não, e quando falar, olhe para ela, fale devagar com boa fluidez e repita quantas vezes for necessário. Se possível, escreva num papel para ela ter mais garantias da compreensão correta;
Pessoas com dificuldade de audição, podem se comunicar por libras, mas caso você não entenda da linguagem de sinais, fale devagar para que ela faça a linguagem labial, evitando colocar a mão no rosto e dificultar sua compreensão;
Pessoas com deficiência visual geralmente não tem problemas de audição, portanto fale no tom normal. Se for guiar a pessoa, dê o braço, se identifique e também os locais por onde estão indo.
Capacitação de professores e gestores escolares
Para uma inclusão justa de pessoas com deficiência na sociedade, professores e gestores devem conhecer o universo das limitações e oferecer auxílio e conhecimento. Para isso, esses profissionais devem estar capacitados para tal.
Com os cursos livres na área de educação inclusiva, os profissionais dessas áreas estarão aptos a atende-los da maneira correta.